Leucemia

FEVEREIRO LARANJA


LEUCEMIA: TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE A DOENÇA

A leucemia é um câncer maligno, de origem desconhecida, que começa na medula óssea, onde as células sanguíneas são produzidas.  Elas sofrem uma mutação genética que as transformam em células cancerosas, com funcionamento inadequado e multiplicação rápida e maior do que as células normais. A seguir, vamos saber mais sobre a doença, como é feito seu diagnóstico e tratamento.

Como saber que é caso de leucemia?

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), em 2022, estima-se que serão diagnosticados mais de 10 mil casos novos de leucemia, sendo 5.920 em homens e 4.890 em mulheres, no Brasil.

 

Atualmente, a doença ocupa a 9ª posição nos tipos de câncer mais comuns em homens e a 11ª em mulheres. Quando a suspeita de um quadro de leucemia é muito grande, o primeiro passo é a realização de exames de sangue, seguidos de avaliação médica específica.

 

O hemograma é considerado o exame mais importante para a confirmação da suspeita de câncer.

 

Nos casos positivos de leucemia, o resultado do hemograma apresenta alterações na contagem de plaquetas e valores dos glóbulos brancos e vermelhos. No entanto, outras análises laboratoriais como exames de bioquímica e coagulação devem ser realizados para confirmar tal alteração.

 

A confirmação diagnóstica da leucemia é feita com o exame da medula óssea, o mielograma.

 

Em alguns casos, ainda é necessária a realização da biópsia da medula óssea, onde um fragmento do osso da bacia é retirado e enviado para a análise de um patologista.

 

 

Ainda não se sabe ao certo quais são as causas ou fatores de risco responsáveis pela leucemia, por isso não existem formas de se prevenir a doença.

Existem tipos e subtipos de leucemia:

A leucemia é patologicamente dividida em dois estágios, de acordo com a velocidade com a qual a doença evolui. São eles:


        Leucemia aguda – caracterizada pelo crescimento rápido e em um curto intervalo de tempo das células imaturas do sangue – as células leucêmicas;


        Leucemia crônica – caracterizada pelo aumento de células maduras na medula óssea e no sangue periférico. Na maioria dos casos, tem evolução lenta, mas é resistente à ação da quimioterapia, o que reduz as chances de cura.


De acordo com o INCA, existem mais de 12 tipos de leucemia, mas 4 deles são considerados como primários e se dividem em 2 grupos de leucócitos, que são:


        Leucemia Linfoide – tem comprometimento da linhagem linfoide e engloba a Leucemia Linfoide Aguda (LLA) e a Leucemia Linfoide Crônica (LLC);


        Leucemia Mieloide – tem comprometimento da linhagem mieloide e engloba a Leucemia Mieloide Aguda (LMA) e a Leucemia Mieloide Crônica (LMC).


Vamos saber mais sobre cada um desses 4 tipos de leucemia. As definições são do Instituto de Oncologia.

Leucemia Linfoide Aguda (LLA)

Esse tipo de leucemia também é conhecido como Leucemia Linfoblástica Aguda e é um câncer dos leucócitos caracterizado pela produção maligna de linfócitos imaturos (linfoblastos) na medula óssea.

 

Na maioria dos casos, a Leucemia Linfoide Aguda invade o sangue com razoável rapidez e pode se disseminar para outras partes do corpo, como os gânglios linfáticos, fígado, baço, Sistema Nervoso Central (cérebro e medula espinhal) e testículos, no caso dos homens.

 

Leucemia Linfoide Crônica (LLC)

Também conhecida como Leucemia Linfoblástica Crônica, é um câncer dos linfócitos e é o tipo mais comum de leucemia em adultos.

 

Na LLC, as células leucêmicas geralmente se acumulam lentamente e muitos pacientes não apresentam sintomas da doença durante anos.

 

Mas, com o tempo, as células aumentam em número e se espalham para outras partes do corpo, como linfonodos, fígado e baço.

Leucemia Mieloide Aguda (LMA)

Esse tipo da doença também é conhecido como Leucemia Mieloblástica Aguda, que é um câncer que se inicia na medula óssea e invade o sangue periférico.

 

Pode, às vezes, espalhar-se para outras partes do corpo, incluindo linfonodos, fígado, baço, Sistema Nervoso Central (cérebro e medula espinhal) e testículos, no caso dos homens.

 

Na maioria das vezes, desenvolve-se a partir das células que se transformam em células brancas do sangue (outras que não os linfócitos).

 

Mas, às vezes, a Leucemia Mieloide Aguda se desenvolve em outros tipos de células formadoras do sangue.

Leucemia Mieloide Crônica

É também conhecida como Leucemia Mieloblástica Crônica, que é um câncer que se inicia com o desenvolvimento da medula óssea – portanto, não está presente no momento do nascimento – e invade o sangue periférico.

 

Na Leucemia Mieloide Crônica, ocorre uma alteração genética numa versão imatura das células mieloides: as células que produzem os glóbulos vermelhos, plaquetas e a maioria dos tipos de células brancas do sangue.

 

Essa alteração forma um gene anormal denominado BCR-ABL, que transforma as células normais em células de Leucemia Mieloide Crônica.

 

As células leucêmicas crescem e se dividem, acumulando-se na medula óssea e se espalhando para o sangue. Com o tempo, essas células podem se instalar em outras partes do corpo, como o baço.

 

A maioria dos casos de LMC acomete adultos, mas, muito raramente, também pode ocorrer em crianças.

Conheça quais são os sintomas de leucemia

Os principais sintomas da leucemia acontecem devido ao acúmulo de células anormais na medula óssea, o que prejudica ou impede a produção de células sanguíneas normais.

 

A leucemia pode provocar a redução dos glóbulos brancos, resultando na baixa imunidade e deixando o organismo sujeito a muitas infecções – em sua maioria, graves ou recorrentes.

 

Quando há a redução dos glóbulos vermelhos, instala-se um quadro de anemia, com sintomas como:

 

  • Fadiga;
  • Falta de ar;
  • Palpitação;
  • Dor de cabeça;
  • Palidez;
  • Apatia;
  • Entre outros

 

A diminuição das plaquetas provoca sangramentos, principalmente nas gengivas e nariz, além de manchas roxas e/ou pontos roxos na pele.

 

Ainda é possível surgirem sintomas como:

 

  • Gânglios linfáticos inchados, mas sem dor, principalmente na região do pescoço e das axilas;
  • Febre ou suores noturnos;
  • Perda de peso sem motivo aparente;
  • Desconforto abdominal (provocado pelo inchaço do baço ou fígado);
  • Dores nos ossos e nas articulações.

 

Nos casos em que a leucemia afeta o Sistema Nervoso Central,  o organismo se manifesta com os seguintes sintomas:

 

  • Dores de cabeça;
  • Náuseas;
  • Vômitos;
  • Visão dupla e desorientação.
 
 

Como é feito o diagnóstico de leucemia?

O diagnóstico precoce é uma das melhores estratégias para identificar o tumor ainda na fase inicial. Isso faz toda a diferença para aumentar as chances de cura por meio de tratamentos.

 

Existem várias formas de se realizar a detecção precoce do problema.

 

A principal delas é a investigação por meio  de exames clínicos, laboratoriais e radiológicos em pessoas que já apresentam sinais ou sintomas que indicam a leucemia.

 

Os principais pontos que devem ser analisados antes de submeter a pessoa a exames mais específicos são:

 

  • Palidez, cansaço e febre;
  • Aumento de gânglios;
  • Infecções persistentes ou recorrentes;
  • Hematomas, petéquias e sangramentos inexplicados;
  • Aumento do baço e do fígado.

 

Geralmente, esses sintomas não são causados pelo câncer, mas é importante que sejam investigados por um médico especialista para que a hipótese de leucemia seja descartada ou não.

 

Além disso, são feitos exames específicos para a detecção precisa da leucemia. 

 

  • Cariótipo de medula [CAMED] coleta de líquor. É indicado para o diagnóstico, classificação e monitoramento de tratamento de pacientes com leucemia ou outras desordens hematológicas malignas;

 

  • Translocação BCR-ABL [CP-PCR]  coleta de sangue. Por meio desse exame, é possível detectar de forma muito sensível a translocação entre os cromossomos 9 e 22 (cromossomo Philadelphia), que caracteriza geneticamente a Leucemia Mieloide Crônica (LMC);

 

  • Imunofenotipagem – Painel Proliferativo [IFPP]  avalia o formato das células progenitoras do sangue e as quantifica, identificando, assim, qual o tipo exato de célula que compõe um determinado tecido, quando há dúvida diagnóstica na análise de biópsias.

 

Caso seja confirmado o diagnóstico de leucemia, o início do tratamento deve ser imediato.

como é feito o tratamento para a leucemia?

Todo o tratamento tem o objetivo de destruir as células leucêmicas para que a medula óssea volte a produzir células normais. O processo varia conforme o tipo de leucemia.

 

No caso das Leucemias Agudas, o tratamento envolve quimioterapia, com combinações de quimioterápicos.

 

O objetivo é realizar o controle das complicações infecciosas e hemorrágicas, e prevenção ou combate da doença no Sistema Nervoso Central (cérebro e medula espinhal). Para alguns casos, é indicado o transplante de medula óssea.

 

A primeira etapa do tratamento com quimioterapia é voltada para poliquimioterapia, cuja finalidade é alcançar um estado de remissão completa, ou seja, sem sinais ou sintomas de leucemia após o tratamento.

 

As etapas seguintes variam conforme o tipo de célula afetada pela leucemia.

 

Nas células linfoides, pode durar mais de dois anos e, nas células mieloides, a durabilidade é menor que um ano – exceto nos casos de Leucemia Promielocítica Aguda (um subtipo da Leucemia Mieloide Aguda), que também dura mais de 2 anos.

 

Existem, ainda, diferentes fases no tratamento quimioterápico. A de indução de remissão envolve a quimioterapia intensa para reduzir sintomas provocados pela leucemia, assim como a própria doença.

 

Já a fase de consolidação se refere a um tratamento intensivo com quimioterápicos não empregados anteriormente. E, na manutenção, o tratamento é mais brando e contínuo por vários meses.

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